Habacuque

Comentário popular da Bíblia de Kretzmann

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Introdução

O Livro do Profeta Habacuque

Introdução

O profeta Habacuque ("abraço", "aquele que ama mais ternamente e sinceramente") era um membro da tribo de Judá e aparentemente um levita, que conhecia bem os salmos antigos e a liturgia da Igreja Judaica, que era chamada por Deus para ser Seu profeta. Caso contrário, nada se sabe a respeito de sua pessoa, embora alguns estudiosos tenham feito várias declarações a respeito de sua família e ocupação.

O período de sua atividade pode ser determinado definitivamente pelo conteúdo de sua profecia, pois ele previu a invasão de Judá pelos caldeus, que ocorreu no ano 606 AC. Ao mesmo tempo, suas aparentes referências à reforma do Templo o coito sob o comando de Josias torna provável que ele profetizou alguns anos antes da primeira subjugação de Judá pelos babilônios, e parece seguro, portanto, dizer que sua principal atividade cai na terceira década do sétimo século antes de Cristo. Ele foi contemporâneo de Sofonias e de Jeremias, os quais usam expressões semelhantes às encontradas em seu livro.

O objetivo de Habacuque era mostrar a Judá que o poder recém-surgido, a monarquia caldéia, que mesmo então ameaçava a autoridade da supremacia assíria, estava destinada a ser um flagelo do reino do sul. Pois, apesar da reforma externa sob Josias, a corrupção interna da nação estava se tornando cada vez mais aparente, de modo que a violência e a opressão estavam na ordem do dia.

No entanto, a tendência da profecia de Habacuque era trazer conforto aos crentes por uma referência à redenção final do verdadeiro Israel. De acordo com este esboço geral, o livro pode ser dividido em três partes, a primeira parte retratando o iminente e terrível castigo pelos caldeus, a segunda contendo o quíntuplo grito de dor sobre o orgulhoso e idólatra poder mundial, e a terceira oferecendo o hino do profeta dirigido ao Deus majestoso.

A apresentação e a linguagem de Habacuque mostram a beleza clássica da profecia hebraica. O estilo é poético e sublime, os paralelismos geralmente regulares. Muitas seções são notáveis ​​por expressões originais e por períodos poderosos. A oração com que o livro se encerra atinge o ápice do sublime.