Filipenses

Comentário de Leslie M. Grant sobre a Bíblia

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Introdução

Com uma alegria profunda e serena, Paulo escreve sua epístola aos filipenses, partindo de circunstâncias que, em si mesmas, tendem mais à miséria e ao desânimo. Aprisionado em Roma, ele se considerava prisioneiro do Senhor, colocado ali pela sabedoria divina para o cumprimento da vontade e da obra de Deus. Portanto, sua alegria vem da fonte mais elevada: sua solidão e escravidão, mas dão ocasião à comunhão mais constante e real da presença de Deus, e seu cálice transborda.

Os filipenses também o haviam conhecido no início como perseguido por causa de Cristo, e quão real conforto para sua alma era que isso apenas aumentava seu apego a ele, ao invés de assustá-los. Este apego tinha sido inabalável desde aquele tempo, até agora, onze anos se passaram desde que ele os visitou pela primeira vez com o Evangelho. Podemos compreender facilmente que isso aumentaria a alegria com que ele lhes escreve.

A epístola é claramente pastoral, revigorante, encorajadora, ao invés de corrigir ou expor as doutrinas do Cristianismo. A experiência consistente com a doutrina é mais propriamente o assunto aqui - não de fato a experiência de todo cristão, mas a experiência normalmente gerada pelo conhecimento de Cristo. O próprio Paulo aparece como exemplo dessa experiência; e quem pode deixar de ver que o objetivo disso é motivar decididamente nossa alma a seguir seu exemplo?