Mateus 2:2
Comentário Bíblico do Sermão
I. "Onde Ele está?" Esse era o clamor do velho mundo antes da vinda de Cristo. Os homens perderam Deus de vista; até mesmo os judeus, o povo escolhido, haviam se corrompido com ídolos, até que o Deus de seus pais se tornou para eles um sonho. Muitos, além dos homens de Atenas, ergueram um altar ao Deus desconhecido. Do sábio que busca a verdade, do cativo gemendo em sua masmorra, do triste observador ao lado do leito moribundo, o clamor se elevou: "Onde está ele? Onde está Deus, para que possamos crer nele?"
II. A resposta veio na Epifania. Entre as colinas selvagens de Belém nasceu Aquele que era uma luz para iluminar os gentios, que veio para dar o conhecimento da salvação ao Seu povo, para libertar o cativo, para tornar o pobre e oprimido escravo um homem de fato, para exterminar as lágrimas dos tristes, para curar os enfermos e para ressuscitar dos mortos os que jazem em transgressões e pecados.
III. Certamente é isso que a Epifania nos ensina, que a verdadeira vida de cada um de nós é revelada na vida de Jesus Cristo; que ser humilde, ser gentil, ser obediente, fazer o bem e cumprir a vontade de Deus em nosso trabalho diário é ser como Aquele a quem os sábios adoravam há muito tempo em Belém. "Onde ele está?" Não apenas no céu, implorando, como nosso grande Sumo Sacerdote, os méritos infalíveis de Seu sacrifício, mas aqui na terra, com Sua fiel Igreja.
HJ Wilmot-Buxton, The Life of Duty, vol. i., p. 52; ver também Waterside Mission Sermons, vol. i., No. 5.
A Epifania, como as outras manifestações de nosso Senhor, em parte véu e em parte revela Sua glória.
I. Como nesses outros casos, também, a divulgação é feita para pessoas de um determinado caráter, e apenas para essas. Não é difícil ver em que tipo de mente esses homens sábios tinham; Quão zelosos, não apenas em obter o conhecimento celestial que pudessem, mas em obedecer ao que sabiam. Eles viviam em um país, e provavelmente pertenciam a uma profissão, na qual a observação das estrelas era uma grande parte de seus negócios diários.
E como os pastores, quando o anjo foi enviado a eles, estavam cuidando de seus rebanhos à noite, ou seja, no exercício honesto de sua vocação diária, assim esta estrela foi ordenada a encontrar os olhos desses homens, tão instruídos nos sinais dos céus. Em ambos os casos, parece significar que Deus ama visitar, com Suas bênçãos celestiais e espirituais, aqueles a quem vê diligentes e conscienciosos em seus deveres diários.
II. Não somos nós, até agora, todos nós, como os sábios, no sentido de que, quando crianças, também nós temos uma espécie de estrela no Oriente para nos guiar até o berço de nosso Senhor? Somos levados à igreja, somos ensinados a orar, aprendemos mais ou menos as palavras e histórias das Escrituras; Deus nos mostra, de várias maneiras, aquele Menino maravilhoso que nasceu em Belém para ser o Rei dos Judeus. Ora, essas notícias e sentimentos, se de fato são enviados pelo Altíssimo, nos guiarão, mais ou menos diretamente, a Jerusalém, ou seja, à Santa Igreja de Deus, a cidade construída sobre uma colina, que não pode ser escondida.
III. Os sábios estavam prontos para seguir onde quer que a providência de Deus os conduzisse, por mais insignificantes e até duvidosos que fossem os avisos de Sua vontade. Portanto, deveria ser suficiente para nós saber o próximo passo em nossa jornada, a próxima coisa que Deus deseja que façamos, com algo como uma certeza tolerável. Um passo à frente deles é o máximo que os pecadores em um mundo conturbado deveriam esperar ver.
4. Os sábios não se importaram com o trabalho de sua jornada para encontrar o Senhor. Isso certamente pode reprovar nossa indolência e falta de fé, que raramente estão dispostos a deixar nossas casas, e ir tão pouco dali, onde temos a certeza de que o menino será encontrado; antes, toleram desculpas inúteis, tanto mais profanas porque mostram respeito por Deus estar em um lugar tanto quanto em outro e por sermos capazes de servi-Lo em casa de maneira tão aceitável quanto na igreja.
Sermões simples por contribuintes de "Tracts for the Times", vol. vi., p. 15
I. O sucesso dos homens sábios em sua busca pelo Salvador deve nos ensinar que aqueles que estão realmente ansiosos por encontrá-lo nunca sentirão falta dEle por falta de orientação adequada.
II. O exemplo dos sábios deve nos envergonhar de permitir que as dificuldades, ou mesmo os perigos, nos atrapalhem em nossa busca pelo Salvador.
III. Deus graciosamente adapta Sua orientação às necessidades de Suas criaturas.
4. Também vimos Sua estrela, a gloriosa estrela da Epifania. Temos nós, como os sábios orientais, vindo ao Salvador para adorá-Lo? Procuramos por Ele onde Ele pode ser encontrado nos serviços e ordenanças de Sua casa?
JN Norton, Todo Domingo, p. 52
Referências: Mateus 2:2 . Spurgeon, Sermons, vol. xvi., No. 967; TR Stevenson, Christian World Pulpit, vol. ii., p. 408; GT Coster, Ibid., Vol. xviii., p. 392; J. Keble, Sermons for Christmas and Epiphany, pp. 279, 289; W. Meller, Village Homilies, p. 30. S. Baring-Gould, O Nascimento de Jesus, p.
76; Ibid., Cem Esboços do Sermão, p. 123. Mateus 2:4 . H. Melvill, Penny Pulpit, No. 1634. Mateus 2:6 . Preacher's Monthly, vol. viii., p. 354. Mateus 2:8 .
W. Norris, Christian World Pulpit, vol. ii., p. 305; Preacher's Monthly, vol. i., p. 24; J. Keble, Sermons for Christmas and Epiphany, p. 306. Mateus 2:9 . Revista do Clérigo, vol. xviii., p. 15; RW Evans, Parochial Sermons, vol. i., p. 227.