Salmos 63

Exposição de G. Campbell Morgan sobre a Bíblia inteira

Salmos 63:1-11

1 Ó Deus, tu és o meu Deus, eu te busco intensamente; a minha alma tem sede de ti! Todo o meu ser anseia por ti, numa terra seca, exausta e sem água.

2 Quero contemplar-te no santuário e avistar o teu poder e a tua glória.

3 O teu amor é melhor do que a vida! Por isso os meus lábios te exaltarão.

4 Eu te bendirei enquanto viver, e em teu nome levantarei as minhas mãos.

5 A minha alma ficará satisfeita como de rico banquete; com lábios jubilosos a minha boca te louvará.

6 Quando me deito lembro-me de ti; penso em ti durante as vigílias da noite.

7 Porque és a minha ajuda, canto de alegria à sombra das tuas asas.

8 A minha alma apega-se a ti; a tua mão direita me sustém.

9 Aqueles, porém, que querem matar-me serão destruídos; descerão às profundezas da terra.

10 Serão entregues à espada e devorados por chacais.

11 Mas o rei se alegrará em Deus; todos os que juram pelo nome de Deus o louvarão, mas as bocas dos mentirosos serão tapadas.

Aqui, a convicção que inspirou os dois salmos anteriores atinge uma consumação de expressão. A canção dificilmente pode ser dividida, pois ela continua em uma contínua efusão de louvor. O cantor é atormentado por dificuldades e tristezas, mas a afirmação disso no início e no final constitui um pano de fundo que traz em maior relevo a certeza da confiança da alma em Deus.

Começando com a afirmação: Ó Deus, Tu és o meu Deus, o cantor declara sua sede em terra seca pelas mesmas visões de Deus que tinha visto no santuário em dias anteriores. Imediatamente a música sobe para níveis mais altos. O passado é a inspiração do presente. Acima de todas as circunstâncias diversas e difíceis, ele se eleva em triunfo porque conhece a Deus. Feliz, de fato, é a alma que é capaz de fazer da tristeza a ocasião de um canto e as trevas a oportunidade de brilhar.

Duas coisas são necessárias para um triunfo como este. Isso é indicado nas palavras iniciais do salmo. Primeiro, deve haver a consciência do relacionamento pessoal, "Ó Deus, Tu és o meu Deus"; e, em segundo lugar, deve haver uma busca fervorosa de Deus: "Logo Te buscarei." O relacionamento deve ser estabelecido. A comunhão deve ser cultivada.