Daniel 3

Bíblia de Cambridge para Escolas e Faculdades

Verses with Bible comments

Introdução

OS TRÊS COMPANHEIROS DE DANIEL RESGATADOS DO FORNO

Nabucodonosor ergue na planície de Dura, perto da Babilônia, uma colossal imagem dourada, e reúne para sua dedicação os altos oficiais de seu reino, todos sendo ordenados, sob pena de serem lançados em uma fornalha ardente e ardente, a cair a um dado sinal e adorá-lo (Daniel 3:1). Os três companheiros de Daniel, Sadraque, Mesaque e Abednego, recusando-se a fazer isso, são lançados na fornalha; mas, para surpresa do rei, são maravilhosamente libertos do poder da chama (Daniel 3:8).

Em seguida, Nabucodonosor reconhece solenemente o poder de seu Deus, emite um decreto ameaçando de morte a qualquer um que presuma blasfemar contra Ele, e concede aos três homens várias marcas de favor (Daniel 3:28).

A narrativa tem um objetivo didático. Ele retrata um exemplo de sinal de heroísmo religioso; e, ao mesmo tempo, apresenta uma impressionante ilustração concreta das palavras do segundo Isaías (Isaías 43:2): -Quando andares pelo fogo, não serás queimado; nem o fogo se acenderá sobre ti." Às vezes, surgem circunstâncias sob as quais pode ser um ponto de dever para o servo fiel de Deus preferir a morte à apostasia; e os três jovens judeus são representados como se rendendo corajosamente à morte de um mártir, sem a menor expectativa de que seriam libertados dela.

No tempo dos Macabeus (ver 1Ma 1:62-63; e as palavras de Matatias (2:19-22), como também durante as perseguições nos primeiros séculos do cristianismo, a alternativa, o martírio ou apostasia, tornou-se muito real; e a constância e a fé conquistaram muitos triunfos esplêndidos.

Havia uma lenda judaica popular a respeito de Abraão de que, por se recusar a adorar os deuses de Ninrode, ele foi lançado por ele em uma fornalha de fogo e milagrosamente libertado [215].

[215] Ver Hastings"Dict. of the Bible, i. 17, Beer,Leben Abraham's nach der Jüd. Sábio, p. 11 e ss.; e cf. Ball, Pref. ao Cântico dos Três Filhos, naComunicação do Orador sobre os Apócrifos, ii. 305 7 (onde também vários desenvolvimentos talmúdicos e midrássicos da narrativa deDaniel 3são citados).